Metrite Crônica e Piometra são alterações observadas com bastante freqüência nos carnívoros, especialmente em cadelas nulíparas com idade superior a 5 ou 6 anos. Metrite Crônica geralmente está associada á hiperplasia glandular cística e depende de um estado hiperfoliculínico.
As lesões uterinas se caracterizam por edema, infiltração hemorrágica e leucocitária do endométrio e fibrose da parede uterina. Em casos antigos o endométrio apresenta lesões ulcerativas, necróticas e trombose. No princípio o estado geral do animal apresenta-se pouco afetado. Progressivamente, porém, nota-se anorexia, ligeira elevação da temperatura e polidipsia. A saída de secreções é discreta, embora contínua e de coloração rosácea ou acastanhada. Culturas realizadas a partir desse exsudato revelam a presença de uma flora muito polimorfa, constituída especialmente de estreptococos, estafilococos, colibacilos, etc. Em caso de metrorragia as p-globulinas podem atingir 30 % e inclusive o dobro do normal.
Piometra é muito mais freqüente. Pode vir em seguida à metrite crônica ou desenvolver-se diretamente e neste caso, associada geralmente a um estado de luteinização total dos ovários. O prolongado emprego de progestágenos pode conduzir a estas alterações. O útero apresenta-se mais ou menos distendido, segundo a quantidade de líquido acumulado e a parede uterina torna-se muito adelgaçada. O endométrio é liso, possui cor pálida ou amarelada e mostra-se congesto ou ulcerado. O conteúdo uterino pode ser estéril ou infectado, porém a infecção é sempre secundária.
Sintomas
De um modo geral, a piometra ocorre entre algumas semanas e três meses após o cio. A hipertemia inicial diminui cada vez mais à medida que se desenvolve uma toxicose, terminando finalmente em hipotermia. O estado geral depende da intensidade do processo, no entanto, piora progressivamente enquanto se manifestam, de forma gradual, anorexia, polidipsia, albuminúria, aumento de nitrogênio hemático e desidratação. As mucosas mostram-se pálidas e anêmicas e a vulva geralmente edemaciada e hipertrofiada. A cerviz uterina pode abrir-se intermitentemente, possibilitando então a saída, mais ou menos abundante, de liquido fétido, de cor cinza-amarelado ou vermelhopardacento. No caso da cérvix permanecer fechada, o que é freqüente devido ao seu endurecimento, o útero se distende cada vez mais e o abdome tende a cair e aumentar de volume, nas partes em declive. A piometra pode complicar-se com peri e parametrite.
Diagnóstico
E baseado no conjunto de sintomas descritos, especialmente na anorexia, polidipsia e albuminuria, assim como nos indícios de corrimentos vaginais anteriores e na distensão do abdome. E preciso diferenciar da ascite, considerando que na percussão o som surdo não tem nível horizontal, a zona de percussão não se desloca e a prova da onda ascítica é negativa. A radiografia pode contribuir com importante precisão no diagnóstico clínico, uma hiperleucocitose da ordem de 20.000 e inclusive mais, geralmente acompanha esta infecção. Alguns autores atribuem um valor indicativo a essa ocorrência, sobretudo no que se refere ao prognóstico.
Prognóstico
Do ponto de vista ginecológico é grave, pois os animais são incapazes de se reproduzir. E mais sério do ponto de vista vital, quando não se realiza uma intervenção no momento oportuno. A toxicose acaba levando à anemia e à morte.
Tratamento
O tratamento médico cuida de eliminar o conteúdo purulento do útero pelo emprego de estrógenos e pituitrina, complementando com a administração de sulfamidas e antibióticos. Nesta ordem de idéias tem sido recomendada a injeção de 1 a 3 rng de dietilestilbestrol, eventualmente repetida uma a duas vezes com 48 horas de intervalo e completada, no caso de abertura do colo uterino, por uma injeção de ocitocina, Este tratamento raramente é muito eficiente e apresenta apenas alguns resultados de caráter passageiro.
O tratamento cirúrgico é preferível, principalmente quando se trata de evitar toxemia e salvar a vida do animal. O tratamento cirúrgico baseia-se na histerectomia ou na ovárío-histerectomia. A anestesia deve ser conduzida com muita precaução porque estes animais são muito vulneráveis, podendo-se recorrer ao nembutal injetado lentamente e observando-se a reação do animal, ou então, ao combelen, completado por anestesia local ao longo da linha branca ou ainda com "hypnorrn". Pode-se também utilizar a raquianestesia. Sempre parecem ser recursos indicados a administração de coramina e a injeção subcutânea de solução salina fisiológica, solução de dextrose a 5 % ou uma transfusão plasmática. O ato cirúrgico é realizado de acordo com os métodos clássicos ensinados em obstetrícia. Os cuidados pós - operatórios serão baseados na terapêutica antibiótica e na administração de soluções salinas. Em conjunto, os resultados da intervenção são sempre satisfatórios.
Referência: DERIVAUX, J. Reprodução dos animais domésticos: fisiologia, o macho: inseminação artificial, patologia. Zaragoza: Acribia, 1980.
As lesões uterinas se caracterizam por edema, infiltração hemorrágica e leucocitária do endométrio e fibrose da parede uterina. Em casos antigos o endométrio apresenta lesões ulcerativas, necróticas e trombose. No princípio o estado geral do animal apresenta-se pouco afetado. Progressivamente, porém, nota-se anorexia, ligeira elevação da temperatura e polidipsia. A saída de secreções é discreta, embora contínua e de coloração rosácea ou acastanhada. Culturas realizadas a partir desse exsudato revelam a presença de uma flora muito polimorfa, constituída especialmente de estreptococos, estafilococos, colibacilos, etc. Em caso de metrorragia as p-globulinas podem atingir 30 % e inclusive o dobro do normal.
Piometra é muito mais freqüente. Pode vir em seguida à metrite crônica ou desenvolver-se diretamente e neste caso, associada geralmente a um estado de luteinização total dos ovários. O prolongado emprego de progestágenos pode conduzir a estas alterações. O útero apresenta-se mais ou menos distendido, segundo a quantidade de líquido acumulado e a parede uterina torna-se muito adelgaçada. O endométrio é liso, possui cor pálida ou amarelada e mostra-se congesto ou ulcerado. O conteúdo uterino pode ser estéril ou infectado, porém a infecção é sempre secundária.
Sintomas
De um modo geral, a piometra ocorre entre algumas semanas e três meses após o cio. A hipertemia inicial diminui cada vez mais à medida que se desenvolve uma toxicose, terminando finalmente em hipotermia. O estado geral depende da intensidade do processo, no entanto, piora progressivamente enquanto se manifestam, de forma gradual, anorexia, polidipsia, albuminúria, aumento de nitrogênio hemático e desidratação. As mucosas mostram-se pálidas e anêmicas e a vulva geralmente edemaciada e hipertrofiada. A cerviz uterina pode abrir-se intermitentemente, possibilitando então a saída, mais ou menos abundante, de liquido fétido, de cor cinza-amarelado ou vermelhopardacento. No caso da cérvix permanecer fechada, o que é freqüente devido ao seu endurecimento, o útero se distende cada vez mais e o abdome tende a cair e aumentar de volume, nas partes em declive. A piometra pode complicar-se com peri e parametrite.
Diagnóstico
E baseado no conjunto de sintomas descritos, especialmente na anorexia, polidipsia e albuminuria, assim como nos indícios de corrimentos vaginais anteriores e na distensão do abdome. E preciso diferenciar da ascite, considerando que na percussão o som surdo não tem nível horizontal, a zona de percussão não se desloca e a prova da onda ascítica é negativa. A radiografia pode contribuir com importante precisão no diagnóstico clínico, uma hiperleucocitose da ordem de 20.000 e inclusive mais, geralmente acompanha esta infecção. Alguns autores atribuem um valor indicativo a essa ocorrência, sobretudo no que se refere ao prognóstico.
Prognóstico
Do ponto de vista ginecológico é grave, pois os animais são incapazes de se reproduzir. E mais sério do ponto de vista vital, quando não se realiza uma intervenção no momento oportuno. A toxicose acaba levando à anemia e à morte.
Tratamento
O tratamento médico cuida de eliminar o conteúdo purulento do útero pelo emprego de estrógenos e pituitrina, complementando com a administração de sulfamidas e antibióticos. Nesta ordem de idéias tem sido recomendada a injeção de 1 a 3 rng de dietilestilbestrol, eventualmente repetida uma a duas vezes com 48 horas de intervalo e completada, no caso de abertura do colo uterino, por uma injeção de ocitocina, Este tratamento raramente é muito eficiente e apresenta apenas alguns resultados de caráter passageiro.
O tratamento cirúrgico é preferível, principalmente quando se trata de evitar toxemia e salvar a vida do animal. O tratamento cirúrgico baseia-se na histerectomia ou na ovárío-histerectomia. A anestesia deve ser conduzida com muita precaução porque estes animais são muito vulneráveis, podendo-se recorrer ao nembutal injetado lentamente e observando-se a reação do animal, ou então, ao combelen, completado por anestesia local ao longo da linha branca ou ainda com "hypnorrn". Pode-se também utilizar a raquianestesia. Sempre parecem ser recursos indicados a administração de coramina e a injeção subcutânea de solução salina fisiológica, solução de dextrose a 5 % ou uma transfusão plasmática. O ato cirúrgico é realizado de acordo com os métodos clássicos ensinados em obstetrícia. Os cuidados pós - operatórios serão baseados na terapêutica antibiótica e na administração de soluções salinas. Em conjunto, os resultados da intervenção são sempre satisfatórios.
Referência: DERIVAUX, J. Reprodução dos animais domésticos: fisiologia, o macho: inseminação artificial, patologia. Zaragoza: Acribia, 1980.
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