10 de abr. de 2009

ABORTAMENTO NÃO INFECCIOSO ESPONTÂNEO

Por serem monoéstricas, o parto é seguido por um período de anestro, não sendo possível prever o estabelecimento do próximo cio, porém o útero retorna ao tamanho pré-gravídico dentro de 4 semanas. O lóquio inicial e esverdeado, tornando-se mucóide e avermelhado em cerca de 12 horas pós-parto. A descamação da camada epitelial do endométrio se inicia 6 semanas pós-parto e se completa em 7 a 12 semanas, ocorrendo a completa regeneração. Espera-se a eliminação dos envoltórios fetais após o nascimento de cada filhote e, mais raramente, após a expulsão de alguns ou de todos os produtos.
A retenção de placenta não e comum, ocorrência em eventuais distocias ou parto demorado, podendo ser uma condição temporária quando o feto bloqueia a canal do parto. Se a placenta permanecer retida por 12 a 24 horas, ocorre metrite aguda e o tratamento clínico ou histerectomia devem ser realizados pelo risco de ocorrer a necrose da parede uterina em 4 a 5 dias, particularmente nas regiões de implantação. Os envoltórios podem ser tracionados suavemente e, nas raças pequenas, é possível massagear o útero para tentar expulsar a placenta via cérvix. Tratamento com ocitocina e gluconato de cálcio a 10% podem ser instituídos, bem como a cobertura antibiótica preventiva e tratamento de suporte que se fizer necessária.
Na vigência da metrite séptica, febre, corrimento vaginal fétido, sinais de toxemia, pulso rápido e desidratação, deve ser considerado o tratarnento cirúrgico.
Referência: PRESTES, Nereu Carlos; LANDIM-ALVARENGA, Fernanda da Cruz. Obstetrícia veterinária. Rio de Janeiro/RJ: Guanabara Koogan, 2006.

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