10 de abr. de 2009

DILUIÇÃO e CONSERVAÇÃO do SÊMEN em BAIXAS TEMPERATURAS

A congelação do sêmen de cães é feita em condições similares às de outras espécies animais, embora o tempo de glicerolização pareça ser mais reduzido. O sêmen é previamente diluído a 1:4 e uma quantidade igual de diluente é adicionada de 20 % de glicerol. Ambas as soluções devem ser mantidas a 4°C durante uma hora. A seguir, as duas preparações são lentamente misturadas e o meio assim obtido é colocado em câmara fria durante duas horas. Deste modo, a solução final corresponde a uma diluição de 1,8 e a uma concentração de 10% de glicerol. Finalmente, o sêmen é acondicionado e congelado, segundo a mesma técnica utilizada para bovinos. Os recursos para este procedimento estão ainda muito pouco disseminados na espécie canina.
Assim corno acontece com eqüinos e suínos, o sêmen de cão é constituído de três frações. A primeira é representada pela secreção das glândulas uretrais, a segunda pelo sêmen propriamente dito e a terceira pelo produto de secreção prostática. Esta última, de aspecto aquoso, contém poucos espermatozóides e apresenta volume variável e pouco favorável para a conservação do sêmen por sua riqueza em eletrólitos, que produzem rápida diminuição da rnotilidade. Por estas razões, é aconselhável eliminá-la antes de proceder à diluição.
O leite pasteurizado constitui um diluente muito bom, desde que aquecido lentamente até 92°C, mantido durante 10 minutos entre 92 e 94°C e posteriormente resfriado à temperatura ambiente. A segunda fração da ejaculação, diluída a razão de 1/8 e logo mantida à temperatura de 4°C, pode conservar seu poder fecundante durante vários dias.
A gema de ovo citratada (concentração a 2,7 %) também se mostra favorável, pois mais de 50 % dos espermatozóides conserva a motilidade após quatro dias de armazenamento. A vitalidade e motilidade dos espermatozóides em gema-citrato, seriam melhores sem adição de antibióticos.
A solução isotônica de frutose (40%) com gema de ovo é um bom conservador, pois confere um bom substrato energético, ao mesmo tempo que evita certa toxicidade dos íons Na, introduzidos pelo citrato de sódio.
Referência: DERIVAUX, J. Reprodução dos animais domésticos: fisiologia, o macho: inseminação artificial, patologia. Zaragoza: Acribia, 1980.

Nenhum comentário:

Postar um comentário